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Estamos fechando a primeira semana de Dezembro. Segunda feira o comércio muda de horário, ou pelo menos passa a fechar as 22h00. O coro popular diz: É NATAL. Por toda a cidade figuras, sinais, lâmpadas, enfeites que falam de um período que deveria ter centrado a figura do mais nobre e excelente aniversariante: JESUS CRISTO.
As luzes piscando num tresloucar frenético em cada comércio ou casa falam de um período que tem muito mais ênfase comercial, do que necessariamente algo centrado nAquele que veio para dar vida e vida em abundância para todos os que nEle crêem.
O interessante deste período é que as pessoas saem à caça de algo que nem mesmo elas têm consciência do que procuram. A ânsia, o desejo de buscar algo, acaba por levar gente a não encontrar o que estava procurando.
O ofuscar de tantas luzes, acabam por levar pessoas a sentirem como que tateando as trevas. Mas porque isto? Porque o chamarisco de tanta resplandecência acaba ocultando a Luz Maior, que é Maior e Mais reluzente.
Um dos textos que mais gosto de citar é João 1:1-4 que diz: “No principio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e sem ele nado que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a LUZ dos homens”
Esta época as luzes saturam as visões, mas nem por isto se traduz como um tempo de alegria. Aliás, para mim, este período natalino sempre me traz à memória recordações não confortáveis, porque na verdade, desde que me conheço por gente, estas tradicionais luzes sempre brilharam, mas comigo nunca trouxeram uma expressão maior, porque só aos 22 anos eu fui descobrir o sentido da beleza da Verdadeira Luz que vindo ao mundo, ofereceu a todos os que estavam assentados na região e sombra da morte, a oportunidade de conhecer a vida, através de Cristo, porque esta vida é a Verdadeira Luz dos homens.
Mas não muito distante dos dias de hoje, vislumbrei algo lá de um passado longínquo, que anualmente me faz pensar sobre os seus efeitos proféticos.
Lendo o Evangelho de João no capitulo 10, versículos 22-23 eu fiquei extasiado ao descobrir uma festa que os judeus faziam anualmente. A festa da Dedicação, a festa das Luzes, que até hoje é chamada da Festa do Hannukah. É lógico que a primeira pergunta que vem a mente de quem lê esta postagem é: tem alguma coisa a ver esta festa com a vida cristã? Eu digo sem medo de errar: TUDO A VER. Tudo como? Se atentarmos para a Luz de Cristo, veremos a Luz e tudo será envolvido por esta Luz.
Mas para que servem estas considerações? Se você me acompanhar no raciocínio de que podemos usar a Luz para que a igreja de Jesus nesta terra limpe os altares do Senhor, e que ela mesma seja luz diante dos homens, para que os homens tenham o desejo de terem uma vida dedicada no altar de Deus.
Como é sempre bom trazer à memória coisas boas, há cinco anos numa virada de ano eu preguei uma palavra interessante sobre a parábola das dez dracmas. Parece-me, que estou vivenciando hoje aquela rica ministração.
Aquela mulher varreu a casa, mas ato contínuo acendeu a luz. É sempre assim onde entra a luz sempre acabamos por encontrar algo que estava em oculto. Esta parábola é uma exortação que nos conclama a buscar a retomada da nossa identidade, isto porque aquela mulher é uma figura da igreja, e com muita diligência procura a dracma perdida. Temos tido um chamamento fora do comum nos últimos tempos como igreja. O Senhor tem conclamado o Seu povo para varrer e tirar a sujeira da igreja, para que a luz resplandeça e assim reencontremos o que se perdeu no tempo e história.
A didática da parábola é fenomenal porque a mulher acaba por trazer um ensinamento de que quando achado o que se perdeu, a alegria pelo reencontro do que estava perdido não deve limitar se a si próprio, antes que contagie a todos os que se nos avizinham, compartilhando assim a alegria pelo achado.
Quando se fala desta dracma perdida temos que nos ater ao clamor destas palavras para verificar a essência e valor espiritual contida nos princípios divinos, afinal, Deus sempre estimula o seu povo a retomar a vida através dos princípios de Deus.
É lógico que princípios de Deus não toleram a permanência na vida cristã de coisas sujas e profanas. E é por isto que falamos desta Luz. Não é uma luz comum, mas que tenha a capacidade de nos induzir a praticar uma varredura completa, isto é, que dispense tudo o que não for coisas que não são boas na nossa vida.
E como fazer uma retomada de princípios divinos com uma lâmpada apagada? É preciso uma candeia bem acesa, que gera luz, e nada é melhor do que a Palavra de Deus para ter este tipo de luz.
Deus nos estimula para que acendamos a Luz da Palavra na nossa vida, porque depois de acesa esta luz, ela trará revelação de tudo quanto carregamos em oculto. É bom que se diga que Deus mesmo não nos fará nenhuma acusação ou denuncia, mas que tudo se manifestará quando a Luz da Palavra se acender, então as luzes dos olhos do espírito do homem se abrem.
Infelizmente, não podemos fugir à verdade. Muitos cristãos são mais adeptos das luzes do período natalino. Particularmente, eu prefiro as luzes que se acendem em Hannukah, porque elas denunciam as trevas.
A Festa do Hannukah é a Festa da Dedicação, isto é, o povo de Israel precisava reconsagrar o templo que fora profanado pela presença do deus pagão no seu interior. O Altar da Casa do Senhor foi contaminado com sacrifícios pagãos no ano 168.
É interessante que ainda que se for minoria, Deus tem sempre um povo que é capaz de reagir a favor dos seus princípios. Uma pequena parte do povo não acatou aquela profanação, e iniciaram a retirada de toda a sujeira do altar, começando então a reconsagração daquele templo que durou oito dias.
O culminar desta reconsagração implicava no acender da lâmpada do templo, mas o azeite também havia sido profanado. Existia à parte uma pequena porção que não havia sido contaminada suficiente para acender a lâmpada apenas por um dia. Mas, como Deus não fica de fora dos propósitos de um povo bem intencionado, Ele honrou aquele pequeno povo e a lâmpada da Menorah ficou milagrosamente acesa por oito dias.
Este milagre da Hannukah fala do clamor de um povo que ousou insistir: Deus queremos a tua luz acesa.
Na verdade, o milagre da Hannukah significa o clamor de um povo: Deus, que a tua luz permaneça acesa. O primeiro braço da Menorah obrigatoriamente precisa ficar aceso porque é ele que dá luz para os outros. Ele estava aceso e passou luz para os outros. Jesus é a luz que dissipa as trevas, Ele é a luz que alumia toda a humanidade (João 1).
O povo de Israel recebeu suprimento de óleo para os oito dias necessários para a purificação. Hannukah significa luz acesa, consagração debaixo da luz, separação para santificação ao Senhor, dedicação a Deus.
Não somos alienados, mas não nos deixemos seduzir pelas luzes comerciais, volvermos o olhar para a luz de Jesus, pois este é o momento de dedicação, de consagração de tudo que pertence ao Senhor. É momento de entendermos que não devemos profanar aquilo que pertence a Deus. Devemos colocar a herança do Senhor de volta no Seu altar e pedir ao Senhor óleo novo, uma nova unção para consagrarmos nossas vidas, nossas casas, nossas famílias ao Senhor.
Que os milagres de Deus alcancem sua vida e que a luz do Senhor permaneça acesa em 2010 na sua vida e famíliaTenha um feliz 2010, mas não se esqueça,se é Natal o aniversariante é que tem que ser o primeiro a ser lembrado.
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