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A vida é muito interessante. Eu fico conjeturando sobre a nossa existência, o tempo de vida e os acontecimentos dela. Quando nos prendemos ao "chronos", temos que nos deter em datas e a ordem dos acontecimentos, e em especial numa sequência lógica, e isto falando no tempo do homem. Mas quando queremos falar sobre o tempo de Deus, aí nos atemos ao "Kayrós", ou seja, o tempo oportuno, momento certo, sem medo de errar o tempo qualitativo, porque o tempo de Deus é sempre o tempo de excelência.
É lógico que se me apego à cronologia, falo do tempo intrinsicamente ligado ao relógio, calendário e à rotina. E é ai que fico permeado às datas da história da vida. Por exemplo, 20 de julho 1918, nascimento de meu pai,Armando Vanelli, 1.de março de 1932, nascimento de minha mãe,Maria de Jesus Toledo Pizza Vanelli, 06 de março de 1951, meu nascimento, 24 de junho de 1960 o nascimento de minha esposa, Sara Madureira, 07 de julho de 1978 o nosso casamento e os nascimentos dos filhos Abrahão, 20 de julho de 1979, Nohemy, 16 de janeiro de 1981, João, 06 de Abril de 1984 e Ruth, 19 de Dezembro de 1989. Mas tem mais gente envolvida nesta história, Amanda Lucena Silva, nascida 22 de janeiro de 1985, e seus pais Dorival da Silva, de 06 de agosto de 1959 e Julia Lucena de Miranda Silva, de 05 de setembro de 1965. Como disse acima, isto tem nome: história cronológica.
E hoje com a permissão dos demais filhos vou falar do João, o terceiro filho, que hoje se inscreve pelos sacrossantos laços do matrimônio no roll de homens sérios. Já foi falado e há conhecimento da data do nascimento dele, no entanto, teve a experiência de gozar do "kayrós" de Deus quando, em 15 de novembro de 2009, começou um relacionamento afetivo sentimental com Amanda. Se conhecem desde os 15 anos, quando estudavam juntos, mas o cronos era o entrave da vida dos dois, porém, venceram e conseguiram alcançar a graça entrando no desfrute do tempo de Deus.
Como é bom ver um filho vencer as limitações impostas pelo tempo, pelo calendário, pelo cronos e atingir o alvo, a marca tão almejada do "kayrós" de Deus. E foi por isto que escolhi nesta madrugada este título para a presente postagem: ATERRISSAGEM NA HORA CERTA!( é aterrissagem mesmo, não é aterrisagem, a palavra aterrissagem deriva-se do vocábulo francês "atterrissage", (pardon mon chérri).
Porque aterrissagem na hora certa? Porque na vida a dois alçamos vôo através dos nossos sonhos, intenções, planejamentos e projetos, e de repente vamos descobrindo que com o decorrer do tempo a afinidade é algo que sobrepuja o seu sentido etimológico, muito mais do que qualidade de afim, parentesco que um cônjuge contrai com a família do outro cônjuge, muito mais que conformidade, conexão, relação, semelhança. Porque o tempo, disse e repito, o tempo de Deus, o kayrós, a aterrissagem na hora certa, segundo os padrões divinos, desconecta a palavra afinidade do conceito comum e aí então é preciso ir mais além e quem sabe mesmo, dar uma conotação setimental poética, a exemplo do que fez o ilustre escritor Arthur da Távola ao escrever em seu poema Afinidade:" A afinidade não é o mais brilhante, mas o mais sutil, delicado e penetrante dos sentimentos. E o mais independente. Não importa o tempo, a ausência, os adiamentos, as distâncias, as impossibilidades. Quando há afinidade, qualquer reencontro retoma a relação, o diálogo, a conversa, o afeto no exato ponto em que foi interrompido." (vale a pena ler este poema).
Se um poeta é capaz de transcender o sentido literal de uma palavra, quando nos afinamos com o Espirito de Deus somos capazes de enxergar além do que o humano possa conceituar ou definir. E é por isto que me lembro que no dia que João e Amanda vieram até mim e Sara para que orássemos pelo inicio do relacionamento, e então conseguimos tirar os olhos do que é vernacular e descobrir que na afinidade de um casal os dois não olham um para o outro ou para si mesmos, mas juntos, são capazes de volver o olhar para cruz de Cristo, aprendendo que ela é o exemplo para uma vida de renúncia, de não viver cada um por si, isoladamente, mas antes, um para o outro, aliás, ao assumir a vida a dois, a maior revelação que um dos conjuges pode ter, é cada um agora empenhado no compromisso da vida a dois, não casar para ser feliz, mas para fazer o outro feliz.
Quem sabe mesmo hoje dia 20 de novembro, não é tempo de olhando para o exemplo de João e Amanda, entendermos por um outro prisma a feliz citação que Moisés faz ao escrever no Salmo 92:12 " ensina-nos Senhor, a contar os nossos dias, para que alcancemos coração sábio". Ainda que esbarremos na cronologia contando o nosso tempo, somos confortados pela revelação de que tudo está sob o Seu controle pois o versiculo 4 diz:" mil anos, aos Teus olhos, são como o dia de ontem que se foi e como a vigília da noite."
João e Amanda, valeu o vôo de 370 dias, valeu a espera, valeu superar os obstáculos. Vocês venceram os limites e atravessaram este tempo tão puro e elevado, e agora aterrissaram na hora certa, no lugar certo, para viverem um tempo certo. Felicidades. Parabéns. Vocês acertaram o alvo. Aterrissaram na hora certa, para fazerem deste tempo o start para uma nova decolagem ou um novo salto, e para sempre.
3 comentários:
Este casal é muito bonito.
E como é bom ver jovens compromissados hoje em dia com a Palavra de Deus, e se dispondo a esperar o tempo certo Dele para que se cumpra todos os Seus propósitos.
Que Deus lhes abençoe sempre, e que vocês se tornem exemplos, de como é bom esperar em Deus e fazer tudo debaixo da vontade Dele.
Parabéns aos noivos!!!Muita felicidade...
Amo vocês!Deus abençoe!
muito obrigada pelo amor e cuidado em nos homenagear em uma data de tanta expressão na nossa vida, o senhor conseguiu traduzir com a sutileza sempre presente nas suas palavras, o exato sentimento que permeia nossos corações: aterrissagem na hora certa!
Deus o abençoe e mais uma vez, graças!
Querida Amanda. Assaz se denota o meu carinho por você e João. Como expectava minha alma em azo oportuno reporta postagem que fiz com grande alegria por tão insigne data e tão inebriante cerimônia que os uniu para sempre. Alegro me em saber que o intento do meu linguajar tenha conseguido faze-los ver delicadeza e finura das palavras usadas, e que produziu um sã penetração em seus espíritos. Creio, quanto ao comentário, fê-lo em tempo oportuno, afinal, falar de vôo e aterrissagem só poderia acontecer neste interstício, afinal são 19 de desfrute dos ventos favoráveis que ora experimentam. Amo vocês.
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