RESTAURANDO A PORTA DO PEIXE (Neemias 3:3)
“Os filhos de Hassenaá edificaram a PORTA DO PEIXE; colocaram-lhe as vigas e lhe assentaram as portas com seus ferrolhos e trancas”
Temos estudado bastante acerca das dez portas de Jerusalém, mais especificamente na época de Neemias e analisando o seu empenho pessoal e dos seus homens acerca da restauração de cada uma destas portas. Recentemente escrevemos sobre a Porta das Ovelhas e apontamos entre outros pontos, uma característica fundamental na vida cristã que como igreja, nossa prioridade precisa ser Cristo, já que Ele é a Porta das Ovelhas, e enquanto ovelhas urge resgatar o gosto pelas doutrinas fundamentais da Bíblia, cedermos à obra do Espírito para o alcance dos pecadores e restaurarmos o tempo de comunhão com o Pai, tomarmos mais tempo com Deus, com sua Palavra e envolvermos mais assiduamente nos cultos e celebrações da igreja que fomos plantados.
Agora caminharemos falando acerca da Porta do Peixe. Por que esta Porta era assim chamada? Todo o peixe pescado no Jordão e no mar da Galiléia dava entrada por esta porta de Jerusalém, localizada no muro norte. Peixe para os judeus depois do pão era o alimento mais destacado. Na Porta das Ovelhas vimos que a sua restauração abordava profeticamente que agora posicionados em Cristo, como ovelhas do Bom Pastor, nossa conduta é fato marcante em nossa vida, porque qualidades como obediência, submissão são as molas mestras no caminhar pela vontade daquele que nos comprou.
Já a Porta do Peixe, que fala de alimento, acena que na caminhada cristã agora temos um segundo degrau de crescimento e este é onde nos alimentamos da comida que Deus nos dá. Minha filha foi ao nutricionista hoje e voltou com uma lista de alimentação que ela “precisa comer” e não o que ela “quer comer”. Na Porta do Peixe é lugar de comer o que Deus nos manda e não o que queremos comer.
Quando os Israelitas caminhavam em sua jornada em direção à terra prometida, no trecho de Elim ao deserto de Sim, eles fazem a sua quarta das doze queixas murmurando contra Moisés e Arão no capítulo 16:3 “Quem nos dera tivéssemos morrido pela mão do Senhor, na terra do Egito, quanto estávamos sentados juntos às panelas de carne e comíamos pão a fartar! Pois nos trouxestes a este deserto, para matardes de fome toda esta multidão.” A proposta do povo era um cardápio de acordo com a sua preferência, a proposta de Deus era dar àquele povo “o pão dos céus”. (veja detidamente o versículo 4)
Quando entramos na caminhada cristã estamos debaixo de uma nova vida, então somos supridos pelo Senhor e não podemos a qualquer dificuldade na falta temporária de vestimentas, comida ou dinheiro, assumirmos reclamos e murmurações contra Deus, pois assim nos tornaremos prisioneiros das nossas vontades, apetites e sonhos de consumo. Isto revela a falta de deixar Deus direcionar a vida.
Na Porta do Peixe a dieta espiritual ou o alimento que revigora nos para a caminhada a ser cumprida, é preparada por Deus e não por nós. Quando supridos por Deus, somos estimulados a repartir o que recebemos. O peixe tem uma figura abrangente sobre o compartilhar do alimento. E no nosso caso depois de alcançar a salvação, o melhor que temos que fazer é a obra do Senhor, é evangelizarmos, passar a mensagem adiante, fazer chegar o peixe a outro. A Porta do Peixe é o lugar da multiplicação, da frutificação e do trabalho no Senhor. Como uma pesca, é o chamado do Senhor para os seus discípulos: “Caminhando junto ao mar da Galiléia, viu dos irmãos, Simão, chamado Pedro, e André, que lançavam as redes ao mar, porque eram pescadores. E disse-lhes “Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens” Mateus 4:18-19.
A exemplo do maná do deserto ou da multiplicação realização por Jesus, Deus não nos dá alimento para estragar. É em vão ficar pedindo a Ele mais conhecimento se não compartilhamos com os que precisam o que já recebemos, é uma espécie de processo de retribuição, quando mais de Deus damos, mais de Deus receberemos.
É neste estágio que precisamos com a força do primeiro amor disseminar a semente do evangelho, porque com o bom alimento que recebemos de Deus, a Palavra, o evangelho na era da graça, não corremos o risco de por exemplo, passarmos pela frustração que os primeiros discípulos experimentaram, porque foram usados no milagre da multiplicação dos pães, porém, não tiveram discernimento de quem era o Verdadeiro Pão.
Aproveitemos a Porta do Peixe, comamos de Deus tudo o que Ele nos der, não escolhamos os alimentos, não tenhamos preferência, antes, comamos o oferecido, porque este alimento nos sustentará à porta dos pescadores(igreja), lugar de dedicação profética, crescimento e reprodução.
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