Constantemente passamos por situações que podemos definir como verdadeiras tempestades que se insurgem em nossas vidas. É de repente, estava tudo calmo, mas aí chegou a má noticia. Uma enfermidade em alguém da família, um acidente, a dispensa do trabalho, o rompimento do noivado, a separação do casal amigo. É lógico que já estamos avisados, Jesus disse: no mundo tereis aflições, e então quando surge a tempestade do nada a primeira pergunta que vem é: e agora, o que fazer? Que providência tomar? Em que vamos nos agarrar agora? Tempestade geralmente é expressada por fortes ventos de força avassaladora.
Normalmente em decorrência do imprevisto que se nos abateu temos a tendência de fraquejarmos na fé confessional, e nos apegarmos a reclamos, expressões de desespero e perda do norte. Mas, é nesta hora que precisamos atentar ao fato que o Senhor fez nos promessa que estaria conosco todos os dias da nossa vida e Ele é senhor também sobre as tempestades.
Tempestades em principio, na maioria das vezes na nossa vida, não são necessariamente agitações da intempérie, antes, vários problemas e dificuldades que surgem no cotidiano, em forma de verdadeiras turbulências psicológicas.São oriundas de desacertos no relacionamento com o cônjuge, alterações na vida sentimental, perseguições na área profissional, enfermidades que surgiram inexplicavelmente. Quanto às dificuldades no lar em diversos segmentos nos levam a crer que uma grande nuvem escura encobriu o sol que iluminava a nossa casa, e a sensação mais estranha possível é de que parece que Jesus que tanto mos protegia tirou folga ou viajou, parece me que Ele está ausente.
Há um texto interessante em Marcos 4.35-“Tarde naquele dia, Jesus lhes disse: Passemos para o outro lado. E, deixando a multidão, eles o levaram consigo no barco, assim como estava. Outros barcos o seguiam.Levantou-se então um grande vendaval, e as ondas arremessam-se contra o barco, de modo que ele já estava inundando. Jesus, porém, esta na popa, dormindo sobre uma almofada. Os discípulos o despertaram e lhe perguntaram: Mestre, não te importas que pereçamos? E, levantando-se ele repreendeu o vento e disse ao mão:Cala-te! Aquieta-te! E o vento cessou, e fez-se grande calmaria. Então lhes perguntou: por que estais tão amedrontados? Ainda não tendes fé? Ele ficaram apavorados e diziam uns aos outros: Quem é este, que até o vento e o mar lhe obedecem?” (Bíblia Século 21).
Ora, por que os discípulos ficaram tão espavoridos diante de uma tempestade? A maioria tinha experiência na pesca e já havia enfrentado tempestades como aquela, mas o medo e o pavor fê-los esquecer temporariamente que a solução estava na proa, e quando se apercebem do perigo que já invade o barco interpelam a Jesus com uma enfática pergunta: Mestre, não te importas que pereçamos? Ora, eles já haviam visto sinais e prodígios tremendos realizados por Jesus, e por que este medo agora? Jesus é clássico na exortação que dá nos discípulos: “Porque estais tão amedrontados? Ainda não tendes fé? Parecia mesmo que Jesus queria dizer:“vocês tem andado comigo todo este tempo, e não tem dentro de vocês a força impulsora da fé, capaz de cessar uma tempestade, de vencer os ventos com uma palavra de fé? Eu tenho ensinado a vocês que quem crê vê a gloria de Deus.
Tempestade acalmada, vento aquietado, tudo calmo? Não o versículo 41 diz que os discípulos ficaram apavorados. Um temor fora do comum tomou conta dos discípulos. Porque isto? Eles estavam mais com medo do poder que parou a tempestade do que da própria tempestade, por isto exclamavam: “mas quem é este que até o vento e o mar lhe obedecem?”. Na verdade ali caiu a mascara dos discípulos, andavam com Jesus, mão ainda não conheciam totalmente a Jesus, ou ainda não eram um com Ele, por isso temiam. Medo é falta de fé. Temor é a incapacidade de crer que o Cristo que faz o milagre está em cada um de nós, e nós podemos agir de igual forma.
Será que as palavras de Jesus “aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço, e as fará maiores do que estas” em João 14.12 foi só uma alegoria? Não, esta palavra de Jesus foi uma procuração que Ele entregou aos que crêem, para que Deus seja glorificado ao responder as orações para salvar, curar, agir sobre a natureza, mas Ele não pode despachar favoravelmente a estas orações se elas não forem legitimadas pela petição em fé e sem duvidar. O texto de Hebreus 11:6 conclama a isto: “Sem fé é impossível agradar a Deus, pois é necessário que quem se aproxima de Deus creia que ele existe e recompensa os que o buscam”, e Marcos 11:22-24 é a grande confirmação:“Tende fé em Deus.Em verdade vos digo que se alguém disser a esse monte: Ergue-te e lança ao mar, e não duvidar no coração, mar crer que se fará o que diz, assim lhe será feito. Por isso vos digo que tudo o que pedirdes em oração, crede que já o recebestes, e o tereis” (Bíblia Século 21).
Ora se pedirmos crendo no coração, sem duvidar, a coisa vai acontecer, agora o que não podemos é querer discutir com Deus a forma que deve acontecer o milagre.Se eu tenho o dom de Cristo dentro de mim(Ef.4.7), se eu orei com fé, crendo no meu coração, diz que assim será feito, agora a forma que Deus vai fazer não cabe a mim interferir, Deus nos entrega o milagre pronto, não o milagre bruto, em uma peça e nos dá um formão, uma entalhadeira e nos credencia a esculpir a benção. Orado, crido, chamado a existência, agora é Deus no comando. Ele fará segundo o seu beneplácito.
Esta colocação me faz lembrar de uma história de um homem em fuga. Ele fugia desesperadamente selva adentro, de guerrilheiros fortemente armados. E entremeio a floresta, já cansado de tanto correr, parou para orar e clamou: “Deus põe um anjo nesta picada para que eles construam um obstáculo tão forte que aqueles homens não me encontrem”. Tão cansado assentou se e de repente começou a ver duas aranhas a tecerem teias de um lado para outro entre os cipós laterais. E tomado de canseira, reclamava, Deus eu pedi um anjo e me envias duas aranhas para fazer teia na trilha? E as aranhas trabalhavam ordeiramente produzindo a teia. Em pouco tempo na entrada daquela picada estava uma enorme teia com as aranhas, foi aí que surgiram os guerrilheiros. Três picadas diferentes se bifurcavam diante deles, foi quando o comandante gritou: vamos um grupo por cada lado, porque onde está esta teia e aranhas ele não passou”.
O livramento, o milagre, a tempestade controlada, saem praticamente formados de dentro de nós. A glória de Deus manifestada em nossa vida depende da crença que nós somos tudo o a Bíblia diz que somos, que temos tudo o que Bíblia diz que temos e que podemos tudo o que a Bíblia diz que podemos. Não há o que temer, há só o que crer. Quando crermos veremos a Glória e então saímos do nível da mediocridade e passamos a viver além das tempestades e acima dos ventos.
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