sexta-feira, 22 de outubro de 2010

BUSCANDO DEUS COM ATITUDE CERTA

Gosto sempre nas minhas reflexões para escrever partir de fatos que tomei ciência dos que me estão próximos, ou ainda preferencialmente de me lembrar de episódios que vivenciei em algum tempo da minha vida. Ontem pela manhã eu comecei pensar na minha infância onde até os 11 anos vivi na cidade de Itapira,SP, não distante daqui mais que 25 kilometros. Lembrei me de lugares, pessoas e fatos. Lembrei me também de tudo isto, quem sabe pelo latente registro de que 24 de outubro é aniversário da minha cidade natal, agora domingo próximo.

Lembrei me da Saldanha Marinho, rua em que ali passei boa parte da infância, nem tanto pela residência, mas pelo relacionamento familiar com os Rossis, Antonio e Hebe Rossi, José Stringuetti, os Stefaninis da fábrica de sapatos, os Zanovelos daquela bala branca de côco, do Armazém do Neri, do posto do Vicente Colosso, do Cido do Colli, do cheirinho do café Amajó, da máquina de algodão dos Caios. Lembrei me ainda de professores que marcaram meus 4 primeiros anos de Grupo Escolar lá no Dr.Julio Mesquita, minha primeira professora Dona Cacilda Bonfá, depois dona Renê e os professores Gilberto Pereira Barreto e Fenizio Marchini. Lembrei-me das tardes que passava na casa do Sr.João Silva, amigo e companheiro de meu pai na fábrica de chapéus Sarkis. Lembrei-me também de lugares como o Parque Juca Mulato, ostentando alí o busto do arguto escritor Menotti Del Pichia.

Lembrei me particularmente do prefeito Munhoz da época, quando subia a pé para a prefeitura e não raras vezes saudava as crianças do Julio Mesquita na entrada da escola, outras vezes ele passava pilotando aquele Fordinho que encantava a petizada.

Lembro me das pescarias que meu pai fazia junto ao Rio do Peixe ou Mogi Guaçu e sempre das suas caçadas. Sempre tinhamos um bom peixe ou ainda uma caça que meu pai trazia. De pescaria seus amigos eram entre outros Waldomiro Sartori e um outro de sobrenome Barrios, parece me Waldomiro também. De caça eu me lembro bem de um, Salvador, não sei do que, mas era Salvador.

Então quando meu pai saía para a caçar ele sempre trazia no amanhecer dos domingos alguma caça interessante e que degustávamos com satisfação.

Mas o que tem a ver uma narrativa tão detalhada de lembranças da infância com o titulo da postagem? Tudo.O que mais me lembro era as gostosas narrativas acerca de como se deram as caças. Certa feita meu pai me chamou: Armandinho(ele era Armando) e eu por ser o segundo filho sempre dava muita atenção para ele e me interessava por suas conversas. E naquele dia ele me contou algo, depois de caçar algumas jurutis e codornas. Ele me falou: filho hoje parecia que não consegueríamos nada. Eu e meu companheiro Salvador estávamos irriquietos, tensos e não conseguíamos concentrar na caçada, agíamos de forma estranha, algo nos pertubava, eu sempre apontando para um lado acreditando ter ali as caças e Salvador apontando para o outro. Parecia que voltariamos "sapateiros",(designação usada antigamente para quem não pescou ou não caçou nada).

Nós já estávamos prontos para juntar as tralhas e deixar o mato por que nada tinhamos encontrado nada até agora, dizia ele, até que Salvador disse: Armando, nós não estamos agindo certo, estamos espantando as caças, elas estão aquietadas entre as moitas, mas nós estamos fazendo muito barulho hoje, vamos nos aquietar por um bom tempo até que ouçamos o mover delas nas moitas e então poderemos apanhá-las. Dizia meu pai, foi um tempo e tanto, esperando pacientemente até que de repente uma revoada de perdizes se levantou bem a frente deles. Eram exímios atiradores com aquelas espingardas de carregar pela boca ainda, mas trouxeram uma fieira de caças que foi gostosamente preparada por minha mãe.

Tenho pensando muito nesta situação de nós cristãos termos tido dificuldades para encontrar Deus no dia a dia, e vejo que isto se sucede em meio a tantas inquietações que experimentamos ao ponto de não separarmos tempo para nos aquietar e perceber que Deus estava tão próximo de nós, a solicitude desta vida nos leva a sensação de que perdemos Deus pelo caminho ou que Ele está embrenhado entre as ramagens dos nossos problemas.

Há um texto claro em Deuteronômio 4:29 que revela claramente que Deus não brinca de esconde-esconde. O grande achado quem faz somos nós. Veja:"buscarás ao Senhor, teu Deus, e o acharás, quando buscares de todo o teu coração e de toda a tua alma". O texto é explícito, quando a busca é feita com compenetração, pondo o coração e alma, isto é, a obediência e a deligência com certeza encontraremos Deus. A nossa busca quase sempre está pautada em rápidas escapadelas para consultar um versículo vez ou outra, mas sem reflexão, sem deter se naquela escritura. Estamos tão atribulados com as vicissitudes da vida, com os dilemas hodiernos, com um conflito de agenda tão acentuado, que não separamos tempo para nos aquietarmos um pouco e de repente percebemos a presença real de Deus na nossa vida.

A busca a Deus tem que ter este momento, o barulho, a nossa agitação, a atenção as tragédias, noticiários ruins, estamos tão absortos com tudo o que a mídia nos seduz que parecemos caçadores pertubados pisando em gravetos secos em uma mata afungentando a caça. É hora de parar, aquietar o coração ter um tempo de excelência com Deus, aquietar em sua presença e ouvir a sua doce voz pela sua poderosa Palavra. Insista e persista, domine sua agenda, separe tempo para Deus e desfrute da presença Dele que todo este tempo está ao nosso lado. As vezes que não o detectamos não foi porque Deus tirou férias, mas porque nós estávamos tão ansiosos com a nossa confissão contrária, tão presos às turbulências da vida, que não imprimos uma diligente busca com a força do nosso coração e da nossa alma.

Lembremo-nos que o nosso Deus não falha em suas promessas, Ele disse em Jeremias 29. 13 "Buscar-me eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração". Aqui está uma receita do próprio Deus de como buscá-lo com uma atitude certa.

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