O nosso ano de trabalho da igreja fora das quatro paredes começa hoje, dia 29 de janeiro, quando acontece a nossa primeira reunião nos lares. Temos um sonho e queremos alcançar vidas e para isto é preciso agora mais do que nunca avançar com a estratégia que o Senhor nos deu: Projeto Luz nos Lares.
Ninguém está enganado, sabemos da árdua tarefa de promulgar o evangelho nos quatro cantos da cidade, principalmente, porque temos convicções a respeito do chamado para a transformação que a nossa cidade experimentará conhecendo a Luz de Jesus.
Para começar o ano o Senhor me propiciou uma visão do que temos que fazer para levar esta Luz a toda Mogi Guaçu. Lendo o livro de Jonas deparei com algo bastante chamativo, e a revelação que tive é que precisamos tirar o foco da “baleia” e por em tela a salvação.
Sempre vemos pregadores experimentados ou recém lançados ao campo trabalhar com um pensamento central sobre o texto que se propõe levar como mensagem. Por exemplo, em Lucas 15 já ouvi dezenas de vezes a pregação exclusiva, tão somente falando do filho pródigo. Sempre se atém ao filho pródigo, ao filho que deu prejuízo e fazem a prédica ter como de costume a mesma tônica: este capítulo fala do filho pródigo. Esquecem sempre que mais do que o filho pródigo ou do filho que ficou, o foco é o amor do pai.
Em Jonas não é diferente, é sempre o mesmo discurso: o profeta que a “baleia” engoliu. Por mais explorada que seja a pregação sempre se esbarra no fato de que Jonas foi engolido por um grande peixe, passou três dias no ventre do peixe e depois foi vomitado na praia. Isto me faz pensar que um profeta é sempre indigesto, até baleia vomita um profeta.
Sigamos com o livro de Jonas. Este livro é tremendo porque mostra um Pai amoroso sonhando com a mudança de uma cidade, isto é, a conversão de uma população toda ao Senhor. No livro encontramos Deus preparando um grande peixe para engolir Jonas, mas o peixe não deve ser mais importante do que o amoroso coração de Deus que sonhava com a cidade de Nínive todinha convertida.
Mudança de uma cidade fala de conversão e conversão fala de salvação. A baleia só é o pano de fundo da história, porque o que mais se destaca no cenário do livro de Jonas é a salvação das almas de Nínive.
Lembro-me que uma das melhores mensagens que já preguei foi ALMAS OU ABÓBORAS. Um clássico das pregações que Deus me deu. E eu falava sobre um profeta que amava mais uma aboboreira do que uma alma.
Como Nínive se converteu? Como podemos levar Mogi Guaçu a render-se aos pés de Jesus.
Primeiro: é preciso gostar de desafios e não tornar-se um fugitivo ao chamado. Geralmente para atender o chamado de Deus é preciso consciência que vem pela frente trabalhos árduos, pesados e que exige compenetração. Jonas 1:1-3 fala sobre a sua vocação profética, a sua fuga, mas também fala sobre o seu castigo.
É como é fácil dizer que Jonas era um fugitivo, mas será que poderíamos dizer que encontramos facilidades em sermos um pregoeiro da mensagem de Deus? A carga problemática que se assume torna-se um fardo por demais pesado para bem administrar, principalmente quando se trata de aguardar e esperar a transformação de vidas, e no caso de Jonas e até do nosso, a mudança de uma cidade inteira.
Outros homens levantados por Deus enfrentaram crises existenciais defronte ao grande desafio de encarar os descaminhos do povo distanciado de Deus. Esdras é um exemplo típico disto. Imagine que no coração de Esdras tinha uma missão latente de ver o templo reconstruído e a adoração restaurada e ele teve que ter iniciativas próprias, porque em seu livro com 10 capítulos, 280 versículos não há nenhuma palavra profética, nenhum recado de Deus, promessa nenhuma sequer, no entanto há 9 perguntas e 43 ordenanças.
Quando Esdras por fim consegue chegar à experiência do reavivamento com a retomada do culto e adoração, novamente os judeus são chamados de o povo de Israel, mas o pecado é descoberto. (Esdras 9:1). Ouvido o relato Esdras toma uma atitude pela dor do pecado revelado, ele rasgou as suas vestes e o manto e arrancou os cabelos da cabeça e da barba (vs.3).
Não era fácil lidar com um povo corrompido aquela época, imagine hoje a luta de um pregador de restauração princípios, quando o homem perdeu-os no caminho da religiosidade.
Não foi diferente com Jeremias, sim, Jeremias o chorão. Chorava pelo povo dotado de uma dura cerviz e sua missão era esclarecer a Israel as conseqüências do pecado e da apostasia e mostrar lhe o próprio futuro segundo o plano de Deus para o homem, enfatizando que o destino de cada um é definido por viver ou não nos padrões divinos de Deus. Foi por isso que Jeremias trouxe 1002 profecias e 779 foram cumpridas em seu tempo.
Como se vê não é fácil cumprir uma missão e falar a uma terra pecadora e anunciar o perigo do seu pecado e alertar sobre o castigo que vem. Então ninguém se iluda que a missão do Projeto Luz nos Lares será melhor e mais fácil do que a destes homens que foram levantados por Deus para levar o povo à Deus, cônscio do propósito da obra de Cristo.(Tito 2:14-15)
Para levar a mensagem é preciso crer que temos um Deus que tudo provê e se preciso for prepara até um grande peixe para que leve nos a obedecer a sua Palavra e comissionamento. Temos encontrado gente de coração empedernido, que não querem abrir a porta, que não querem pregar porque a exemplo de Jonas, não conseguem entender que verão as mãos de Deus operando, mas vivem e querem sinais, mas Jesus foi incisivo:” não se lhe dará outro sinal, senão o do profeta Jonas”.(Mateus 12: 38-41).
Jonas foi insuflado pela palavra de Deus e então vai a Nínive pregar. (Jonas 3:1-4). Nós só temos que obedecer. Só isto. Obedecer e ir pregar a palavra. Anunciada a palavra, não somos nós que faremos a mudança, a transformação de um pecador em um santo para Deus, não é mérito do nosso poder de eloqüência ou capacidade de pregar, mas antes, do poder do evangelho de Deus. Romanos. 1:16.
Tenho ouvido de homens que Deus fez grandes obras em suas vidas e na família coisas inacreditáveis:”é difícil o trabalho, desanima, ninguém vem, ninguém quer nada com nada”, “o mundo não tem jeito não, está tudo corrompido, não há o que fazer”. E por que isto? Confiança em si mesmo, então desanimam. É preciso imprimir na mente, no coração os princípios de 1 Pedro 4: 11 “Se alguém fala, fale de acordo com os oráculos de Deus; se alguém serve, faça-o na força que Deus supre, para que em todas as coisas, seja Deus glorificado, por meio de Jesus Cristo, a quem pertence a glória e o domínio pelos séculos dos séculos.Amém.”
Me convertí numa geração que tinha lemas e princípios e uma frase sempre me acompanhou “o negócio do Rei é urgente”( I Sm 21:8). É preciso descobrir que nosso dever de anunciar é premente. Urge que começamos já. Deus disse a Jonas (cap.1:2) “Dispõe te, vai à grande cidade de Nínive e proclama a mensagem que eu te digo”.´É agora, é hoje, porque a cada minuto preciosas almas estão sendo solapadas, irmãos estão esfriando porque falta lhes gente animada, estamos vendo isto acontecer à nossa frente e optamos por não fazer nada, ou olhar para o nosso próprio umbigo e se realizar com o hedonismo que domina o homem moderno.
Pedro insta em alta voz nos meus ouvidos “o tempo que vos resta na carne, já não vivais de acordo com as paixões dos homens, mas segundo a vontade de Deus. (I Pe 4:2)
É hora de despertar, de pregar, de anunciar, de fazer os homens ouvirem a mensagem, Jesus disse:” Sai pelos caminhos e atalhos e força-os a entrar, para que fique cheia a minha casa” Lc 14:23.
Sobre Mogi Guaçu, a terra que amamos pesa um encargo, o do arrependimento, o de Deus é o julgamento, mas o nosso é cumprir o ide e anunciar a palavra que haja mudanças e transformações na nossa casa, na nossa rua, no nosso bairro, na nossa cidade. Você da Missão Paz e Vida de Mogi Guaçu sua responsabilidade é com Mogi Guaçu, é andar com os pastores da igreja que desde 2001 diariamente oram a Palavra Profética de Isaias 62, para haja mudanças nos que estão ao nosso redor e nesta terra.
Que Deus te levante como sacerdote que não permite que lâmpada se apague, indo levar o Luz nos Lares. Não fuja Jonas, procure o pastor Evandro e vamos por a mão à obra.
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