terça-feira, 21 de junho de 2011

QUANDO O FOGO DE DEUS VEM



Sempre meu coração é invadido de imensa alegria quando ouço notícias dos grandes despertamentos e moveres de Deus que vem acontecendo nas igrejas nos últimos tempos. Amo ouvir isto. É lógico que falo de um despertamento com coerência, em linha com a Palavra de Deus e para que aconteça este despertamento é sempre preciso que haja na igreja um crente que tenha passado por uma experiência marcante com o Espírito Santo, independente de como se designa esta experiência. Pode ser, batismo, plenitude, selado. E como descobrir quando ocorre esta experiência maravilhosa do derramar do fogo de Deus.

Há um texto lindo na Bíblia que fala de uma experiência tremenda. I Reis 18:30-39 “Então, Elias disse a todo o povo: Chegai-vos a mim. E todo o povo se chegou a ele; Elias restaurou o altar do SENHOR, que estava em ruínas.Tomou doze pedras, segundo o número das tribos dos filhos de Jacó, ao qual viera a palavra do SENHOR, dizendo: Israel será o teu nome.Com aquelas pedras edificou o altar em nome do SENHOR; depois, fez um rego em redor do altar tão grande como para semear duas medidas de sementes.Então, armou a lenha, dividiu o novilho em pedaços, pô-lo sobre a lenha e disse: Enchei de água quatro cântaros e derramai-a sobre o holocausto e sobre a lenha. Disse ainda: Fazei-o segunda vez; e o fizeram. Disse mais: Fazei-o terceira vez; e o fizeram terceira vez.De maneira que a água corria ao redor do altar; ele encheu também de água o rego.No devido tempo, para se apresentar a oferta de manjares, aproximou-se o profeta Elias e disse: Ó SENHOR, Deus de Abraão, de Isaque e de Israel, fique, hoje, sabido que tu és Deus em Israel, e que eu sou teu servo e que, segundo a tua palavra, fiz todas estas coisas.Responde-me, SENHOR, responde-me, para que este povo saiba que tu, SENHOR, és Deus e que a ti fizeste retroceder o coração deles.Então, caiu fogo do SENHOR, e consumiu o holocausto, e a lenha, e as pedras, e a terra, e ainda lambeu a água que estava no rego.O que vendo todo o povo, caiu de rosto em terra e disse: O SENHOR é Deus! O SENHOR é Deus!"

Em princípio, o fogo de Deus é resultado de oração, mas como entrar em adoração que resultará no fogo de Deus se não houver restauração do altar? O texto fala que Elias antes de clamar pelo fogo,  atentou em restaurar o altar que tinha sido derrubado. I Rs 18.30 “Então, Elias disse a todo o povo: Chegai-vos a mim. E todo o povo se chegou a ele; Elias restaurou o altar do SENHOR, que estava em ruínas.” Ora, o profeta restaurou o altar porque ele foi derrubado. Quem derrubou o altar? A quem se poderia atribuir a derrubada do altar? Teria sido Jezabel? Quem sabe mesmo os profetas de Baal? Ou ainda o rei Acabe? 

Pare agora para pensar o quem tem derrubado o altar de adoração da sua vida. Será que o que tem derrubado o seu altar é a sua dedicação afincada ao seu trabalho? Ou será o seu lazer persistente no dia que deveria ser separado para o Senhor? Ah.já sei: o delicioso descanso programado, que você não vive sem ele. Ou podemos pensar ainda que a queda do altar de muitos pode ser os pecados repetitivos, ou ainda o desmazelo para com as coisas do Senhor?

O Senhor tem nos chamado para uma restauração do Altar de Adoração. Precisamos fazer como Elias. Ele não se atentou em descobrir ou saber os culpados pela derrubada do altar, ele se ocupou em restaurar o altar. Um caminho bom para restauração do altar, é implantar a adoração nas nossas casas. Precisamos de um altar de adoração em funcionamento na nossa casa. 

Preste atenção, aqui não está uma receita para se tornar um alienado, não! Veja os noticiários, assista algum entretenimento, mas tenha determinação em apertar o botão, é só um clique e desligar o altar da deusa colorida. Você não pode fugir de entregar o seu tempo devido a Deus diariamente. Reunir a família, conversar, trocar informações é um ato de adoração por que o Senhor foi quem instituiu a família, porém, não uma família dispersa, mas coesa, unida e em particular em um momento de comunhão com o Autor da família, e não com a destruidora da família.

Quero ilustrar este assunto da descontrolada TV que virou um altar moderno nas nossas casas com esta colocação: Uma professora do ensino básico pediu aos alunos que fizessem uma redação sobre o que gostariam que Deus fizesse por eles. Ao fim da tarde, quando corrigia as redações, leu uma que a deixou muito emocionada. O marido, que, nesse momento, acabava de entrar, viu-a a chorar e perguntou  que é que aconteceu? Ela respondeu: Lê isto. Era a redação de um aluno, assim descrita: 

"Senhor quero te pedir algo especial: transforma-me num televisor. Quero ocupar o lugar dele. Viver como vive a TV da minha casa. Ter um lugar especial para mim, e reunir a minha família à minha volta. Ser levado a sério quando falo. Quero ser o centro das atenções e ser escutado sem interrupções nem perguntas. Quero receber o mesmo cuidado especial que a TV recebe quando não funciona. E ter a companhia do meu pai quando ele chega a casa, mesmo quando está cansado. E que a minha mãe me procure quando estiver sozinho e aborrecido, em vez de me ignorar. E ainda, que os meus irmãos lutem para estar comigo. Quero sentir que a minha família deixa tudo de lado, de vez em quando, para passar alguns momentos comigo. E, por fim, faz com que eu possa diverti-los a todos. Senhor, não te peço muito. Só quero viver o que vive qualquer televisor." Naquele momento, o marido de Ana Maria disse: Meu Deus, que dó dessa criança! Que pais ela tem! E ela olhou-o e respondeu: Essa redação é do nosso filho.

Restaurado o altar na nossa casa, já podemos pensar em nível mais alto. A restauração do Altar na nossa Pátria. Perceba que Elias ousou restaurar o altar de adoração em Israel, porque aquela nação tinha se distanciada do Senhor. Havia entre o povo um coxear entre dois pensamentos. Se nós decidirmos restaurar o altar de adoração em nossa casa, vamos gerar adoradores que ajudarão a restauração do altar do Senhor no Brasil. A SEPAL realizou um estudo ano passado, baseado nos dados do Censo do IBGE de 2000 e da pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha em março de 2007, encontrando que em 2020 a população evangélica representará mais de 50% da população brasileira. “Projetamos uma porcentagem de cerca de 52,2% da população evangélica em 2020, ou seja, aproximadamente 109,3 milhões de evangélicos para uma população de 209,3 milhões,” A projeção baseia-se na taxa de crescimento obtida entre os anos de 1990 e 2000 e na premissa de que a taxa de crescimento dessa religião continue a mesma dos últimos 40 anos.( Fonte: http://bit.ly/dIj7gt )

Se a fé for praticada também em casa, e não somente na igreja dominicalmente, ‘isto fala de oportunidade de restauração do Altar do Senhor no Brasil, e aí poderemos falar em alto e bom som:”Feliz é a nação cujo Deus é o Senhor”. Agora é fundamental importância que a base da restauração do altar do Senhor tenha origem na restauração do Altar de Adoração na Igreja. Isto é uma questão pessoal de cada membro da igreja.

Infelizmente, encontramos hoje na igreja tipos de adoradores interessantes. E eu tenho conversado com o João meu filho, e as vezes ele me passa a dor de quem está ministrando, porque de cima do altar se descobre por exemplo, adoradores com funções específicas: “Tem o espectador, o observador, o consumidor de louvor e o mais terrível o crítico de louvor”. Este último, é o “expert” em semântica. Querem analisar o significado, o sentido, e aplicação do louvor. Estas não são funções que Deus deixou para adoradores. Deus nos chamou para sermos adoradores verdadeiros, em espírito. 

O interessante é que as funções distorcidas dos adoradores acabam gerando adoradores de tipos diferentes na igreja, por exemplo: o VOADOR – sua cabeça está em casa, na atividade da 2ª. Feira, este nunca leu que Jesus disse já basta a cada dia o seu mal. Tem o preguiçoso: não canta a letra, não bate palma, não fica em pé. Tudo fruto da preguiça. Tem um aqui que é comum e tenho gente assim na igreja: adorador seletivo: só canta o que gosta ou que aprova. É cheio de conclusões pessoais sobre as músicas da igreja. Este não descobriu ainda que tem um líder, um pastor que vê e revê e aprova o que se vai cantar. Temos também o adorador em espírito: não abre a boca, não mexe o corpo, não aplaude, não dá glória a Deus. Tudo porque ele está em espírito.

Pastoreio uma igreja onde a maioria é de adoradores em Espírito e em Verdade. Entram com o coração, com o entendimento, com a sua força e tem o prazer de adorar. Se precisar ficam horas em adoração. Apesar das lutas, dos problemas, estes adoradores cantam, independentes se os instrumentos estejam em funcionamento legal ou não. Este adorador tem uma particularidade. Eles não estão nem aí se estão olhando para eles, se vai sobrar criticas depois por causa do quebrantamento. Esses podem ser chamados de reparadores do altar da adoração. Eles atraem o fogo de Deus sobre a igreja.

Então o fogo de Deus vem? Vem como? Vem pelo sacrifício no altar. É claro o texto: Porque Deus enviaria fogo se não tivesse nada para ser queimado no altar? Quando falo de sacrifício, digo, por exemplo, adentrarmos a igreja e na abertura ou decorrer do oculto em cada momento de oração, esta não ser simplesmente uma oração, mas uma oração fervorosa.

Que oração é esta? Uma oração com intensidade de coração, com envolvimento no que está se fazendo, uma oração comprometida. Tem gente até que gosta de usar uma expressão popular para este tipo de oração: oração forte. Mas toda oração feita intensivamente, com compromisso e fervor é um sacrifício agradável que provocará o fogo de Deus. Outro sacrifício deve ser pela ministração musical séria e comprometida com Deus com a Palavra de Deus. 

Tem havido muito cântico e som no altar que não estão em linha com Deus. E por quê? Porque entendem que passado a parte que eles consideram a melhor do culto, se retiram para tomar ar, beber água, conversar, como se não precisassem da Palavra que será pregada, e assim não abrem mão dos prazeres e vontades da carne. Uma vida sem sacrifício é uma vida com showcrificio. Se alguém quer o fogo de Deus sobre a sua vida terá entrar com esforço, dedicação, trabalho, jejum, oração e santidade.  

Se alguém sonha que o fogo de Deus venha sobre sua vida e ministério terá que aceitar que isto só acontece através da restauração dos princípios. O profeta Elias tinha conhecimento que para que o fogo de Deus descesse e levantasse aquela nação era preciso restaurar princípios, porque os princípios de Deus tinham caído no esquecimento e por isso foram quebrados. Alguém que quebra princípios perde o temor.

Há um principio tremendo de Deus: o de ser exclusivo. Deus é exclusivo, isto é, sua glória não pode ser dividida com ninguém. A adoração à Deus tem que ser só a Ele. Como pode alguém servir a Deus se é politeísta, se é idólatra? Então Elias é enfático: "Se o Senhor é Deus, segui-o; e se Baal, segui-o." I Rs 18:21

Outro principio de Deus é o de ser autêntico. Numa época em que tudo é cover, dublê, imitação, genérico, nos deparamos com uma realidade inconteste. Deus é autentico. Então ninguém consegue imitá-lo. Deus não se permeia. Deus não se confunde e nem traz confusão aos seus seguidores. Deus não se deixa invocar por fogo estranho. Quem vive no altar, quer seja para pregar, tocar, cantar ou dançar tem que ter este principio de autenticidade também, caso contrario, se é uma coisa no altar e outra fora dele, incorre no mesmo erro de Nadabe e Abiú. Levítico 10:1 e 2  "Nadabe e Abiú, filhos de Arão, tomaram cada um o seu incensário, e puseram neles fogo, e sobre este, incenso, e trouxeram fogo estranho perante a face do SENHOR, o que lhes não ordenara.Então, saiu fogo de diante do SENHOR e os consumiu; e morreram perante o SENHOR."

Outra coisa que faz vir o fogo de Deus é o principio da Palavra. Elias em nenhum momento trabalhou em cima de suas propostas ou intenções, antes, tudo ele fez conforme os princípios da Palavra de Deus. Elias se norteou pela Palavra. Agiu pela palavra, não inventou nada. Fez tudo pelo principio da palavra. I Rs 18.36 “No devido tempo, para se apresentar a oferta de manjares, aproximou-se o profeta Elias e disse: Ó SENHOR, Deus de Abraão, de Isaque e de Israel, fique, hoje, sabido que tu és Deus em Israel, e que eu sou teu servo e que, segundo a tua palavra, fiz todas estas coisas.”

E por fim,  o fogo de Deus sempre vem quando há na frente da igreja, líderes com compromisso. Quando faço esta declaração estou dizendo que um líder que está à frente de qualquer ministério, tem que ter consciência do seu chamado. Elias pensava que dos profetas do Senhor só havia sobrado ele, mesmo assim, ele não abriu mão da sua convicção e da sua fé. Um líder convicto do seu chamado não precisa ter a maioria com ele para que ele possa agir ou tomar uma decisão. Elias tinha o que sonho que cada crente também tenha: convicção capaz de fazer seguidores e não seguir a profetas que mercadejam a palavra de Deus, como estamos vendo por ai hoje.

Elias era um homem que sabia o que queria. Deus sonha com líderes assim, que sabem o querem. O que Elias queria? FOGO!!!! Fogo era o que ele estava buscando. Em nenhum momento ele ousou pedir a Deus outra coisa. Ele queria fogo. Elias não propôs uma negociata com Deus. Deus, se não mandar fogo, manda qualquer outra coisa. Não! Nada geraria satisfação em Elias a não ser ver o fogo de Deus descer.

Sabe por que tem crentes que não conseguem alcançar as bênçãos, receber os milagres que Deus tem disponíveis para eles, porque na verdade se aproximam de Deus sem saber o que verdadeiramente querem de Deus. Pedem a Deus hoje uma casa, mas amanhã mudam o pedido e pedem uma motocicleta, e daqui uma semana tem outro pedido totalmente diferente do primeiro. Nem sabem o que querem.

Lembro-me de uma pergunta que sempre fazia aos  alunos que passaram pelo centro de recuperação. O que vocês querem de Deus quando sair daqui? Uma serva. Quatorze semanas na casa, dentes todos arrebentados pela namorada quente de nome "Pedrita", sem emprego, sem casa para ir morar. Que você quer? Uma serva!

Elias era um homem com uma disposição fora do comum. Arriscou a sua própria vida para ver o fogo de Deus descer. Por que isto? Porque se o fogo de Deus não viesse, quem iria morrer era Elias. Ele colocou a sua vida no compromisso. Queridos, às vezes eu me pego pensando quantos estão hoje na igreja evangélica, mas não estão comprometidos com o fogo de Deus. Não estão comprometidos com a sua igreja.

Jesus tinha um compromisso sério com o fogo de Deus. Ele obedeceu aos planos e propósitos de Deus e para tanto deu a sua própria vida lá na cruz. Morrendo, ressuscitando e fazer vir sobre a sua igreja o fogo de Deus, conforme está narrado em Atos dos Apóstolos. Jesus acreditava no que pregava e vivia. Defina-se e o fogo de Deus virá.

Lembre-se, o fogo de Deus é resultado de: ORAÇÃO ADORAÇÃO, RESTAURAÇÃO DO ALTAR DA CASA, RESTAURAÇÃO DO ALTAR DA PÁTRIA, APRESENTAÇÃO DO SACRIFICIO NO ALTAR, RESTAURAÇÃO DOS PRINCÍPIOS, COMPROMISSO A QUALQUER CUSTO, SABER O QUE QUER e DISPOR SUA PRÓPRIA VIDA.

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