O AMOR NÃO ACABA, SÓ PRECISA COMEÇAR CERTO.

Enquanto em 2009 o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas anunciava que em 2008 havia acontecido 188 mil casos de divórcios em todo Brasil, sendo considerado na época um número jamais visto desde 1984, agora dia 15 de outubro, fontes fidedígnas davam conta que só no Estado de São Paulo o número de divórcios aumentou 149%, depois que houve a mudança da legislação através da emenda constitucional 66, que deu base ao chamado "divórcio rápido". Trocando em miúdos vale dizer que em 2009 entre julho e agosto foram registrados 816 divórcios no Estado, e em 2010 durante o mesmo período, aconteceram 2031 divórcios segundo o Colégio Notarial do Brasil.

A facilitação do processo é apontada com um dos principais motivos de crescimento do número de divórcios, e ainda que se pese que os custos processuais também diminuiram tornando acessível a todas as classes sociais, o que torna mais fácil a separação legal.

Estatísticas à parte, um fantasma assombra a família brasileira. O que tem levado os casais a se separarem desta forma? Há até uma corrente que afirma que o é tempo do fim do amor. Diz a sabedoria biblica que tudo terminará, os dons cessarão, mas o amor jamais acabará. Então onde está o problema? No coração humano. Sim, incerto em suas decisões tomam para si conjuges sem ter passado por uma experiência real no processo de relacionamento. Um relacionamento saudável começa sempre por principios cristãos.

O apóstolo Paulo escrevendo a Igreja de Tessalônica em sua primeira carta, capítulo 5:23 deseja aos cristãos algo maravilhoso:"o mesmo Deus da paz vos santifique em tudo: e o vosso espírito, alma e corpo sejam conservados integros e irreprensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo". É justamente a falta do conhecimento da Palavra de Deus no seu real sentido que tem gerado tantas separações. Separações que acontencem porque a união se deu na rota contrária. A facilidade, a falta de conservação dos princípios familiares, a influência dos maus costumes anunciados pela mídia e a modernização dos conceitos inverteram o caminho de uma união solidificada.

Hoje um relacionamento de primeiro dia já começa ao inverso do texto que citamos: já começa pelo corpo, pelo prazer, pelo desejo carnal, pelo espírito do hedonismo que impera no presente século, quando o correto seria um relacionamento iniciar debaixo de principios cristãos, em oração, em compartilhar das experiências espirituais para que se afinem os intentos do futuro do casal, que deve ser primordialmente, a formação de uma nova família. Mas, se a carne prevalece, o espirito é relegado ao ultimo plano, o que já deu inicio a uma história de desastre. Tudo o que começa na carne, termina na carne. Então, diriamos que o namoro é um excelente tempo para oração, participação juntos de atividades espirituais, onde as coisas do espirito são conhecidas por cada um do par.

Quando um casal não tem um noivado segundo os padrões cristãos, a tendencia é aprimorar ainda mais os prazeres experimentados no namoro iniciado pela carne, ao invés de se explorar as inefáveis coisas do espirito, daí então já se parte até para a utilização do "namoramento", dormem juntos, se dão aos prazeres carnais, mas não cumprem o principal para uma união saudável, que seria neste período tão especial do noivado, o conhecimento das vontades, das emoções, dos gostos de cada um para que na união futura, saibam controlar sentimentos e fazer duradouro o próximo passo que seria o casamento. Então sim, no casamento vem a experiência maravilhosa de conhecer um ao outro corporalmente, e fazendo desta união uma fonte de satisfação conjunta, e usando agora da nova experiência, da experiência da vida a dois o amadurecimento do relacionamento, e a proposta de afinidade para uma união estável, equilibrada e para sempre.

Parece conversa do século 19, não é mesmo? Mas eu sou filho de uma família que experimentou isto, que descobriu o amor verdadeiro, e o amor verdadeiro é assim, ele espera, suporta, sabe aguardar o momento certo e vive no momento certo intensamente o que Deus reservou para o casal. O casamento não é uma instuição falida, antes diz a Palavra de Deus que o matrimônio é um estado de honra. O casamento é um projeto de Deus, mas o homem e a mulher precisam estarem atentos aos principios divinos que regem casamento. Uma união se não quiser estar fadada ao fracasso e rompimento deve estar embasada nos ditames de Deus, que fez cumprir pelo casamento o seu maior sonho: a família.

Uma familia que fundamenta sua união em princípios da Palavra de Deus tem no casamento o tratamento dos desacertos cotidianos, eliminando assim as suspeitas,desconfianças e desentendimentos. Onde tiver o amor verdadeiro haverá suporte para todas as situações, afinal o amor compreende, não se ufana, não busca seus interesses, não suspeita mal, não se ensoberbece. O amor precisa e deve ser uma consciência pré-nupcial de que a decisão da união, nunca poderá sofrer as influências das variações de época, independente do modernismo que assedia a família. O amor não acabou, o ser humano que perdeu a conexão com o que é de cima.

O dia que os casais mudarem o quadro e começarem pelo lugar certo, por cima, com Deus tudo dará certo. Esta situação me lembra aquele menino pequeno ainda, mas que sempre ia a escola bem alinhado, camisa impecável, arrumadinho, e a professora perguntou-lhe:querido, porque você nunca vem com a camisa abotoada errada igual alguns colegas seus. Você é sempre certinho, continuou a professora, ao que ele respondeu: eu não sou certinho, só gosto de começar as coisas pelo lado certo, pelo botão de cima da gola professora, quem começa lá em cima não erra embaixo.

É assim, quer ajudar a escrever um novo quadro na história dos matrimônios do Brasil? Mude por onde começar, comece por cima, comece pelas coisas do Espírito.

Fonte de dados:
2009: FOLHA ON LINE
2010: JOVEM PAN-UOL