Conta se que uma família tinha o costume de no Natal montar uma mesa com um belo bolo de aniversário com muitas velas e à mesa punham uma cadeira extra dando lugar de honra a Jesus. Numa destas comemorações, alguém chegou de visita àquela casa e quando da comemoração, interpelou à garotinha Ruth de 5 anos: você já ganhou tudo o que queria no Natal, ao que ela respondeu, não, não é o meu aniversário.
Parece estranho, mas a resposta da menina falava de uma verdade surpreendente. É bom desde já declarar-me que não tenho nada contra o Natal e nem posso negar, é Natal. Mas, a questão é que o aniversariante na maioria das comemorações até o dia 25, será um ilustre esquecido, e se lembrado dar-lhe-ão menor importância, até porque o grande momento da troca de presentes tirará de cena quem deveria receber todas as homenagens.
Eu sei que tem gente agora argumentando, mas é hora de aproveitarmos o momento para anunciar as boas novas, nos alegramos por que nasceu o redentor. Quantas pessoas que não conhecem a Cristo que nós convidamos para as celebrações natalinas? Será que alguém sai à rua e convida bêbados, mendigos, prostitutas e viciados para participar daquela mesa ali narrarmos um histórico dos propósitos do nascimento de Jesus?
Há uma citação interessante de um pastor que foi professor de Homilética da Yale Divinity Scholl, Halfor Edward Luccok acerca do Natal, “podemos ficar tão fascinados com a história do bebê que emocionados com ela, que não pede que façamos alguma coisa, não exige uma mudança vital na nossa maneira de pensar e de viver. A grande questão para nós é esta: será o Natal ainda só uma história acerca de um bebê, ou é mais, uma história imortal acerca da Pessoa qual o bebê cresceu, que pode redimir o mundo dos seus pecados, e que nos chama para tomarmos parte nos grandes e poderosos propósitos?”
Quando falamos destes grandes e poderosos propósitos do bebê que cresceu e nos redimiu dos pecados, falamos de compromissos com a sua vida, evangelho e prática de tal. Está cada dia mais distante o sentido verdadeiro do Natal, porque se imiscuiu na data um sentido mais imperioso do que o reverencial. Quer dizer, hoje mesmo, agora que estou escrevendo esta postagem, pessoas se acotovelam nas grandes ruas de comércios de grandes ou pequenas cidades, para disputar ofertas e descobrir preços de presentes que serão dados à terceiros, tirando de cena o aniversariante.
Creio que se a pequena Ruth da história contada hoje pudesse ver a tresloucada aventura da busca frenética pelos presentes não destinados ao aniversariante, ela teria um bom sermão para passar a todos.
Eu não sei se você já viu, mas eu já. Uma festa de aniversário onde na hora de cantar os parabéns a você, alguém se antecipa ao apagar das velas, e sopra roubando a cena principal daquele que seria o homenageado do dia. Eu vi isto e fiquei estupefato com a decepção do aniversariante. O menino ficou espantado enquanto o outro ria no canto da parede.
Infelizmente esta é a realidade do natal moderno. Rouba se as homenagens que seriam destinadas ao aniversariante. É lógico que não há nenhuma ordenança na bíblia para se comemorar o nascimento de Jesus, mas já que a bandeira levantada pelos cristãos seduzidos pelo espírito de Roma que determinou que assim fosse a festa, porque não fazer uma justa homenagem ao aniversariante?
Porque não lhe dar verdadeiros presentes, como por exemplo, o compromisso de andar seus caminhos em fidelidade? Por que não fazer dEle modelo e padrão para a vida, já que a forma de vida ditada pelo homem no decorrer da história fracassou e hoje vivemos num mundo de crueldade, violência e de alegria artificial.
Na realidade sucumbimos à tradição. E Jesus, o aniversariante que não recebe presentes, disse que a tradição invalida os mandamentos de Deus. (Mateus 15.6). Então tudo o que se faz nos dias de hoje, é fruto de tradição. Na realidade, o Natal tornou uma festa mundialmente conhecida, onde se diz comemorar o nascimento de Jesus Cristo.
Sobre a data 25 de dezembro, ela foi oficialmente criada pelo Papa Libério no ano 354 d.C. A tradição da troca de presentes é fundamentada na lembrança dos reis magos, que ofereceram para o menino Jesus presentes após o seu nascimento. A figura de Papai Noel é uma menção ao bispo romano do século V, denominado São Nicolau, porque costumava no dia 6 de dezembro, oferecer donativos às escondidas às filhas de um homem muito pobre, surgindo assim por causa desta tradição o “amigo secreto”, uma maneira oculta de dar presentes as pessoas, e ainda o costume de colocar presentes debaixo da árvore de natal, sem que ninguém saiba de quem são e quem os colocou ali.
Por conta destas tradições, o que deveria ser uma homenagem a quem nasceu para oferecer sua vida à humanidade, o então chamado Natal tornou se uma festa comercial, que é sustentada por fortes campanhas de publicidade. Aonde vamos, às lojas, aos hipermercados e magazines lá está o Papai Noel. Os anúncios publicitários procuram manter a todos enganados sobre o “espírito de Natal”. Jornais e revistas trazem matérias, editoriais que exaltam esta festa, fazendo sempre alusão ao “seu espírito”.
As pessoas por mais cultas que sejam, por mais próximas que sejam da verdade bíblica, porque muitas delas estão hoje em igrejas que pregam a bíblia como regra de fé e prática, elas estão tão convencidas da tradição que impregnou suas mentes que sentem se ofendidas quando se deparam com a verdade.
E assim a cada ano o “espírito natalino” vai ganhando espaço não para honrar a Cristo, mas para vender mercadorias. O que mais fere os verdadeiros princípios é saber que a maioria dos que passam o ano profetizando que esta "cidade é do Senhor Jesus", "o Brasil é do Senhor Jesus", "feliz a nação cujo Deus é o Senhor", neste período unem-se à turba do tradicionalismo, e fazem da cidade cristã e do país cristão que até então confessavam, meros integrantes do sistema ditado pela Babilônia. Que Deus haja nestes dias e levante crianças como a da história do aniversário de Jesus, que reconheçam que o aniversariante é digno dos presentes, que Ele deve ser lembrado e com isto despertem ouvidos atentos que ouçam a trombeta da Palavra dita pelo próprio Jesus em Apocalipse 18:4 "Sai dela povo meu para que não sejais participantes de seus pecados, nem recebais parte de suas pragas".
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